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Sunday, March 29, 2009

O Casamento de Rachel


(Rachel getting married, 2008)

Dramas incomodam. Talvez por isso algumas pessoas tenham saído da sala antes de "O Casamento de Rachel" terminar. Mas é disso que um filme precisa, na minha opinião, para valer a pena ser assistido. Ele tem que incomodar, e ficar em você. Mexer uns pauzinhos na sua cabeça, tirar da poltrona e te levar pra dentro. E a câmera intimista de Jonathan Demme nos leva para dentro da casa de Rachel (Rosemary DeWitt), e para a companhia constante de Kim (Anne Hathaway, indicação merecida ao Oscar de melhor atriz).

A festa do casamento é uma daquelas que nos faz desejar estar lá, realmente. Mas é uma total surpresa. Eu esperava um casamento bem americano, com flores brancas, violinos clássicos, grinaldas e milhares de convidados. Não é o que se vê, é uma delícia de casamento. O que contrapõe justamente com a problemática Kim. Ex-viciada em drogas que carrega a culpa de ter desmembrado a família. E tenta se encaixar no meio de tantas cores e sons com suas águas tônicas e os initerruptos cigarros.

"O Casamento de Rachel" é um drama realista, sóbrio. Mas, apesar de intimista, não temos acesso a nada do que se passa na cabeça de nenhum personagem. Como convidados da boda, acompanhamos calados ao que acontece. E nos sentimos especiais se por acaso nos deixam ouvir alguma conversa por detrás da porta.
A não ser pelas reuniões do NA das quais participamos, o filme não quer deixar qualquer lição de moral. É um simples fim de semana.

Onde está passando em Belo Horizonte:

Paragem (Av. Prof. Mário Werneck, 1.360, Buritis)
Paragem 2 - 14:15, 16:30, 19:00, 21:15

Usina (Rua Aimorés, 2.424 - Santo Agostinho)
Usina 1 - 14:10, 16:15, 19:30, 21:40

Veja os sites das duas salas nos links ao lado>>

Para ler o que quem entende pensa:

**Críticos
<http://www.criticos.com.br/new/artigos/critica_interna.asp?artigo=1687>

1 comment:

  1. Adoreiiii! Muito bom, continue escrevendo boas críticas, como já dizem os diretores de arte, os mals críticos normalmente são pessoas sem pai e mãe e ressentidos ou nunca terem conseguido fazer bons filmes hehehehehhe

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