Procurando cinema na rede?

Monday, June 8, 2009

Simonal - Niguém Sabe o Duro Que Dei


(Brasil, 2008)

Logo no início do documentário Simonal – Ninguém Sabe o Duro que dei , Chico Anysio, um dos 25 entrevistados, fala ao espectador que tem pena de quem não estava vivo para ver Wilson Simonal cantar. Foi um ataque pessoal, no meu caso. Com meus 20 e poucos anos, sou da geração que hoje só pode admirar alguns dos maiores ícones da música brasileira de longe. Nem sequer podemos ter a perspectiva de um dia vê-los ao vivo.

É, de fato, encantador ver um artista tão talentoso reger um Maracanãzinho lotado sozinho, sem a ajuda de qualquer campanha de marketing, sem efeitos especiais, sem telões. Com sua voz macia e seu jeitinho pilantra (como ele mesmo batizou), Wilson hipnotizava desde multidões até pequenas platéias. Se o objetivo era nos apaixonar por Simonal, os três diretores acertaram em cheio.

Cláudio Manoel (ele mesmo, do Casseta & Planeta), Micael Langer e Calvito Leal criam toda uma atmosfera para nos apresentar a Simonal. A montagem ágil tem toques de reportagem jornalística, dando voz não só aos que amaram Wilson, mas também aos que o descreditaram, na figura do jornalista Sérgio Cabral. Cada um dos entrevistados foi enquadradado tendo ao fundo objetos e símbolos que o contextualizaram dentro da história cultural. Chico Anysio, é enquadrado com Charles Chaplin; Ziraldo entra em cena com o Menino Maluquinho; Nelson Motta forma um belo ângulo com a fileira de discos atrás de si.

Há hoje uma grande leva de novos filmes que resgatam a história musical do país tratando de queridinhos da música brasileira, como Vinícius de Moraes. Dentre eles, Wilson Simonal é um dos que de fato merecia um trabalho nesse sentido, para que fosse esclarecido o mal-entendido que acabou com sua carreira. O seu suposto trabalho como informante do Dop´s (Departamento de Ordem Política e Social, outro termo que está fora dos dicionários da minha geração), o baniu das rodas culturais e artísticas e, por fim, da mídia.

É nesse momento que minha geração tem contato com algo ainda mais valioso, que é entender como funcionava a mente de intelectuais e artistas no contexto da ditadura. Percebe-se que nem todos os oposicionistas do regime eram flor que se cheirasse e que a atmosfera radicalista fez vítimas inclusive da esquerda. Naquele contexto, ser alienado era crime passível de julgamento e condenação. Como foi condenado Wilson Simonal.

Fica claro o enorme valor deste documentário. Trazer às novas gerações como eu, um ícone popular como Simonal, é não deixar morrer a memória de um artista que influencia a musica brasileira até hoje. Um exemplo é Sá Marina, que a minha geração só chegou a conhecer através da gravação de Ivete Sangalo, foi grande sucesso na voz de Wilson Simonal.

Confira o blog da Meire Bottura, fã do cantor

Wednesday, June 3, 2009

Caloura de segunda mão



Olá,
a partir de Agosto quem lê este blog vai ter acesso a críticas e comentários mais elaborados, embasados e felizes, porque esta que lhe escreve acaba de ser aprovada no vestibular novamente!
Começo a estudar Cinema (até que enfim), no 2o semestre!!! =)

Abs!!