Procurando cinema na rede?

Tuesday, March 31, 2009

A Culpa é do Fidel!



(La Faute à Fidel!, França, 2006)

Sendo exibido em regime de reestréia em Belo Horizonte, somente no BH Shopping, às 15h10 (e não por muito tempo), La Faute à Fidel! conta a história de Anna (Nina Kervel), uma menina de 9 anos.

Em 1970, Anna estuda em colégio de freiras e é uma perfeita dama. Seu pai Fernando (Stefano Accorsi) é advogado e sua mãe Marie (Julie Depardieu, filha do Gerard), jornalista da revista Marie Claire. Seu irmãozinho se chama François (Benjamin Feuillet) e sua babá cubana, Filomena (Marie-Noëlle Bordeaux).

Até que chega a irmã de seu pai, Marga (Mar Sodupe), fugindo da Espanha e do ditador Franco. E seus pais até então satisfeitos com a vida, decidem ajudar chilenos em trânsito a eleger Salvador Allende.

O mundinho de Anna vai caindo aos poucos com a mudança da casa enorme para um pequeno apartamento e a viagem constante dos pais. Quando Filomena é então demitida, por ser contra o regime comunista, olha bem nos olhos de Anna e explica: "A culpa é do Fidel".

Totalmente visto pela perspectiva de Anna, A Culpa é do Fidel! faz você se sentir novamente como uma criança. Ninguém te explica o que está acontecendo, e temos que ouvir conversas picadas por detrás das portas. Náo à toa, ela se rebela contra a barba do pai, o apartamento pequeno para o qual se mudam, as babás novas.

Quem finalmente explica o que são os comunistas a Anna são uns 6 barbudos fumadores de charuto que têm frequentado o apartamento desde a mudança. Cena no mínimo engraçada.

La Faute à Fidel! (nome gostoso de pronunciar em francês, rs) me faz pensar novamente porque será que não existe um Oscar para as crianças do cinema?? Nina Kervel e Benjamin Feuillet estão perfeitos.

Site oficial de A Culpa é do Fidel!:
http://www.lafauteafidel-lefilm.com/

O que quem entende pensa:
http://www.omelete.com.br/cine/100009978.aspx

http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL233203-7086,00.html

Filmes para entender o...

SURREALISMO

Uma vez fiz um curso de História do Cinema, na Academia de Idéias (link ao lado), em Belo Horizonte. E o professor, Breno Alves, nos enviou listas com filmes que sintetizavam certas fases do cinema mundial.

Abaixo, a lista de filmes indicados para entender a fase surrealista do cinema, protagonizada por realizadores como Luis Buñel e Salvador Dalí.



Luis Buñuel (1900 - 1983)

O Cão Andaluz (Un Chien Andalou, França, 1929)
**Resista a fechar os olhos na cena em que a navalha corta os outros olhos na tela!
A Idade do Ouro (L´Age d´Or, França, 1930)

Filmografia do diretor:

Os Esquecidos (1950)
Viridiana (1961)
O Anjo Exterminador (1962)
Diário de uma Camareira (1964)
A Bela da Tarde (1967)
Tristana (1970)
O Discreto Charme da Burguesia (1972)
Esse Obscuro Objeto do Desejo (1977)

Nota do professor:
Interessante notar como o diretor evoluiu sua narrativa afastando-se do experimentalismo, com um forte trabalho narrativo, mas sempre preservando um pouco o olhar surrealista.

Onde achar O Cão Andaluz na rede:

Roteiro e argumento originais:
<http://www.pco.org.br/livraria/programacao/ciclobunuel/roteiro.htm?target>

Comprar o DVD duplo, que traz O Cão Andaluz e A Idade do Ouro:
<http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=9602>

Monday, March 30, 2009

Piaf - Um Hino ao Amor



(La Môme, 2007)

Por um acaso, sapeando a tv a cabo, caí no filme Piaf - Um Hino ao Amor que conta a trajetória da cantora francesa Edith Piaf. Muitas pessoas já tinham me indicado este filme, mas ainda não tinha achado tempo para alugar o DVD. Foi pura sorte. E sorte mesmo, pois vale a pena tirar duas horas para assistir.

Sem ordem cronológica, o filme retrata em sua fotografia escura os tantos abusos e dores e separações vividos por Edith ao longo da vida. É um filme escuro, que só se ilumina quando a cantora sobe ao palco e a luz do refletor solitário lhe é direcionada. Uma metáfora de sua existência: Edith viveu para estar no palco.

A atriz Marion Cotillard ganhou o Oscar por sua atuação em Piaf no ano passado, e de fato ela está maravilhosamente irreconhecível. Mas não só ela, que interpreta Edith nas fases jovem, adulta e na velhice, merece reconhecimento. Manon Chevallier e Pauline Burlet, que interpretam a cantora na infância, também estão perfeitas em seus papéis.



O filme é especialmente dolorido ao retratar a morte do amante de Edith, o pugilista Marcel Cerdan, interpretado por Jean-Pierre Martins. Nos sentimos como ela; zonzos, tomados de surpresa pelo acontecimento que mudou seu modo de viver e de encarar o futuro.

A ordem dos acontecimentos não fica clara, e assim somos também tomados de surpresa por algumas revelações que chegam ao final, junto com a morte da cantora.

O retrato de sua vida boêmia, a delicadeza com que a menina orfã vai se transformando em Edith Piaf são alguns dos trunfos do diretor Olivier Dahan. Fiquei totalmente encantada.

Ps.: impossível não lembrar de Maysa, recentemente retratada em minissérie na Rede Globo.

Para fuçar depois de assistir ao filme:
<http://www.edithpiaf.com.br> **site oficial

Para alugar o DVD:
<http://www.netmovies.com.br> **Locadora online, sensacional! (não, eu ainda não recebi pra fazer esse merchan... rs)

Para ler o que quem entende achou do filme:
<http://www.criticos.com.br/new/artigos/critica_interna.asp?secoes=&artigo=1306>

Sunday, March 29, 2009

O Casamento de Rachel


(Rachel getting married, 2008)

Dramas incomodam. Talvez por isso algumas pessoas tenham saído da sala antes de "O Casamento de Rachel" terminar. Mas é disso que um filme precisa, na minha opinião, para valer a pena ser assistido. Ele tem que incomodar, e ficar em você. Mexer uns pauzinhos na sua cabeça, tirar da poltrona e te levar pra dentro. E a câmera intimista de Jonathan Demme nos leva para dentro da casa de Rachel (Rosemary DeWitt), e para a companhia constante de Kim (Anne Hathaway, indicação merecida ao Oscar de melhor atriz).

A festa do casamento é uma daquelas que nos faz desejar estar lá, realmente. Mas é uma total surpresa. Eu esperava um casamento bem americano, com flores brancas, violinos clássicos, grinaldas e milhares de convidados. Não é o que se vê, é uma delícia de casamento. O que contrapõe justamente com a problemática Kim. Ex-viciada em drogas que carrega a culpa de ter desmembrado a família. E tenta se encaixar no meio de tantas cores e sons com suas águas tônicas e os initerruptos cigarros.

"O Casamento de Rachel" é um drama realista, sóbrio. Mas, apesar de intimista, não temos acesso a nada do que se passa na cabeça de nenhum personagem. Como convidados da boda, acompanhamos calados ao que acontece. E nos sentimos especiais se por acaso nos deixam ouvir alguma conversa por detrás da porta.
A não ser pelas reuniões do NA das quais participamos, o filme não quer deixar qualquer lição de moral. É um simples fim de semana.

Onde está passando em Belo Horizonte:

Paragem (Av. Prof. Mário Werneck, 1.360, Buritis)
Paragem 2 - 14:15, 16:30, 19:00, 21:15

Usina (Rua Aimorés, 2.424 - Santo Agostinho)
Usina 1 - 14:10, 16:15, 19:30, 21:40

Veja os sites das duas salas nos links ao lado>>

Para ler o que quem entende pensa:

**Críticos
<http://www.criticos.com.br/new/artigos/critica_interna.asp?artigo=1687>

Na cozinha do cinema

Sunday, March 15, 2009

Milk - A voz da igualdade



(Milk, EUA, 2008)

Esse foi o último filme que assisti, e devo dizer que esperava algo muito mais surpreendente. Começando pelo melhor, Sean Penn surpreende de verdade e mereceu o Oscar, sem dúvidas.

O início é empolgante, dá vontade de estar lá, com aquelas pessoas, fazendo aquela revolução. Mas, como acontece com todos os que chegam ao poder, depois que Milk ganha a eleição e entra de vez para o governo, o filme torna-se um maçante documentário sobre os bastidores de um parlamentar.

Para mim, pareceram dois filmes. Um conta o início da trajetória de Harvey Milk, com enquadramentos irregulares e fotografia interessantísima (note a cena em que o apito serve de espelho para a ação), trilha sonora envolvente e ritmo certeiro.

O segundo filme começa logo após as comemorações de sua vitória na disputa por um lugar no governo. A câmera torna-se fixa, morosa. As cores saem do colorido hippie para um azul acinzentado bem ao tom do terno que Harvey Milk passa a usar. Uma sobriedade que chateia.

Apesar de tudo, a história tem relevância e foi bem contada.
Se você ainda não assistiu, não se deixe levar pelas críticas (oficiais ou oficiosas). Assista.

Para ler o que quem entende pensa, acesse os links abaixo:

- Críticos: <http://www.criticos.com.br/new/artigos/critica_interna.asp?artigo=1694>

- Uai Cinema: <http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_3/2009/02/20/ficha_critica/id_sessao=3&id_noticia=7834/ficha_critica.shtml>

- Adoro Cinema: <http://www.adorocinema.com/filmes/milk/milk.asp>

Link cinema

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