
(Le fabuleux destin d'Amélie Poulain, França, 2001)
Após longa ausência, decido voltar ao blog depois de assistir (tardiamente, com certeza) ao Fabuloso Destino de Amelie Poulain (França, 2001). A frase que me fez acordar? "É inalienável o direito que cada um tem de estragar a própria vida".
Com uma linguagem pop totalmente videoarte que me surpreendeu, Amelie conta uma história simples e humana de forma muito sensível. A direção de arte dá o tom de fantasia, e a construção detalhada dos personagens pelo narrador onisciente é o que define o filme em sua humanidade e delicadeza.
Ao narrar fatos amplamente ignorados pelas pessoas no dia a dia - como pressão atmosférica do ar e ações paralelas entre vários personagens que não se conhecem, ou que nem possuem participação ativa no enredo - o filme passa a sensação de que ignoramos muito mais do que sabemos, porque, afinal, pouco da vida é realmente valioso.
A ambiciosa e inocente jornada meio Polyanna Moça, meio Alice no País das Maravilhas de Amelie Poulain, em busca de fazer a diferença na vida dos que a cercam, me deixou com uma dúvida interessante. Seria melhor vivermos em uma fantasia que nos ilude, mas também conforta, ou encarar constantemente uma realidade que nos amargura dia após dia? Começo a acreditar que há coisas em que é melhor simplesmente não acreditar.
Amelie na Net Movies
Amelie no Adoro Cinema.com
Amelie no Cinema em Cena
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